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m 158º GE CAOQUIRA - SÃO PAULO foi movido para 158° GE CAOQUIRA - SÃO PAULO |
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Edição atual tal como às 21h19min de 14 de junho de 2010
Alex Bowkunovicz então funcionário de Industria Villares S.A. foi convidado para uma conversa com a diretoria do GREI Villares (Grêmio Recreativo dos Empregados de Indústria Villares S.A.) em meados de 1964, que na época era presidida pelo Senhor Lauri Ferraz. Alex recém-contratado pela empresa, mal sabia ele que se acabavam de abrir as portas para a realização de um velho sonho seu. Ele, que vinha tentando apoio para fundar um Grupo Escoteiro na Paróquia Jesus Bom Pastor no bairro do Bom Pastor, na vizinha cidade de Santo André, mal podia imaginar que seu sonho estava preste a se realizar.Aquela diretoria lhe propôs a criação de um Grupo Escoteiro nas dependências e com o patrocínio do GREI, o que é prontamente aceito pelo já Chefe Alex. Sua única exigência: o Grupo deveria se chamar "Caoquira", o que foi aceito sem questionamentos. O Senhor Lauri Ferraz, procurou o Sr. Gilberto Correia Neves também funcionário de Industrias Villares S.A., que tinha filhos na idade de ser escoteiro, incumbindo-o de buscar informações junto aos órgãos escoteiros que na época tinha sua sede regional, na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio em São Paulo Capital, como funcionava um Grupo Escoteiro e os requisitos para se abrir um novo Grupo Escoteiro. Baseados nas informações colhidas pelo Sr. Gilberto C. Neves foram tomadas as primeiras providências. Uma das primeiras era a cor do lenço, que foi escolhido azul com lista amarela (na época as cores das Industrias Villares). Tendo o próprio Alex como chefe, foi realizada a primeira reunião do Grupo Escoteiro Caoquira em 15.01.1965 sendo "Raposa" a primeira patrulha, composta dos seguintes elementos: Antonio Alves de Souza, Celso Correia Neves, Gilberto Correia Neves Junior, José Porfírio da Silva e Leôncio José da Silva.(o Escoteiro Antonio Alves de Souza havia participado da tentativa de formar o grupo escoteiro da paróquia Jesus Bom Pastor, o material para as reuniões eram trazidos de bicicleta pelo Chefe Alex.
O primeiro escoteiro a fazer a promessa foi Antonio Alves de Souza, no dia 14.03.1965, durante uma excursão onde descemos a pé pela estrada velha de ferro que liga Paranapiacaba a Cubatão, atividade conjunta com o Grupo Escoteiro Inah de Mello da cidade de Santo André; o único escoteiro uniformizado do Caoquira era o próprio Antonio. Daí em diante as promessas foram acontecendo em 21/04/1965 a promessa do Gilberto Correia Neves Jr , em 24/04/1965 do Celso Correia Neves em 0/0/1965 do José Porfírio da Silva em 0/0/1965 do Leôncio José da Silva.
Apenas seis meses após o inicio das atividades, o Grupo Escoteiro já saia para a sua segunda atividade externa.E 1ª atividade Internacional e que atividade ... Nada mais, nada menos do que uma visita ao I Jamboree Pan-Americano, realizado na ilha do Governador, em comemoração ao IV Centenário da cidade do Rio de Janeiro. É bem verdade que tudo se limitou a uma visita ao acampamento e uma confraternização com o G.E. Guainazes. Foi um passeio inesquecível, que com certeza marcou muito todos os participantes, a saber,
Chefe Alex e os escoteiros Celso Correia Neves, Gilberto Correia Neves Junior, Ivan Carlos Cardoso, Ivo Gonçalves, José David Provazi, José Porfírio da Silva, Leôncio José da Silva, esta viajem foi com uma Kombi e o motorista Sr. Cardoso cedidos pelo GREI.
Ainda em 1966 a Alcatéia do Grupo Escoteiro Caoquira inicia suas atividades tendo a Sta. Maria Cristina Palleres como Akela sendo sua primeira matilha vermalha com os lobinhos Horacio Humberto Palleres, João Luis de Oliveira, Jose Vieira de Sema, Milton Lopes de Oliveira Filho e Osvaldo de Oliveira.
Após um ano cheio de atividades, e já com duas sessões funcionando, era hora de planejar o primeiro aniversário do Grupo. No dia 06 de dezembro de 1965 é realizada uma Reunião do Conselho dos Pais do Grupo Escoteiro Caoquira, de cuja ata destaca-se: " ... Como assunto primeiro e principal foi debatido os preparativos para as festividades do 1º aniversario do grupo, tendo ficado certo que constaria de um " Fogo de Conselho" a ser realizado na data de aniversário do grupo - 15 de janeiro de 1966 e para as quais se solicitava a colaboração de todos os pais, sendo que a firma contribuiria com seu quinhão, conforme esclarecimento do Sr. Gilberto Correia Neves.
Foi aprovado o seguinte programa para a festa
15:00 Hrs Abertura das Atividades
15:30 Hrs Inauguração da nova sede
19:00 Hrs Projeção de slides
19:30 Hrs Filme sobre Escotismo
20:00 Hrs Fogo de Conselho
Decidiu-se a seguir que a partir de 1/1/1966 a mensalidade dos membros do Conselho dos Pais seria de Cr$ 1.000,00, pagando Cr$ 1.500,00 quem possui dois filhos no Grupo Escoteiro "Caoquira". O Chefe Alex diz que apresentará em 10/1/66, o programa para o grupo do trimestre janeiro á março se possível para abril á junho”.
Nos primeiros anos de existência do Grupo, o apoio recebido das Indústrias Villares, através do seu GREI, foi decisivo para o sucesso do Grupo. Desde a aquisição das primeiras barracas, passando pela confecção de espeques, ponteiras para os bastões (estes últimos dois itens confeccionados na própria Villares). Etc Até a ajuda em dinheiro para as atividades externas, como por exemplo, para a participação no Jamboree Pan-Americano do Rio de Janeiro. A Villares foi responsável pela primeira publicação do Grupo Escoteiro Caoquira. Em 1967, o informativo do Grêmio Recreativo dos Empregados a Indústria Villares (Jornal dos funcionários de Equipamentos Villares), um tablóide de quatro páginas abria uma página para a divulgação das atividades do Grupo, com direito até a fotos. Até o momento, a melhor impressão realizada no grupo.
Com um mês de atividade em 1965
FUNDADORES
Gilberto Correia Neves e Alex Bowkunovicz
Patrulha: Raposa
Antonio Alves Souza
Gilberto Correia Neves Jr.
Celso Correia Neves
Leôncio José Silva
José Porfírio da Silva
Em 1966, com o crescimento do G.E. Caoquira, foi formada da seguinte forma:
Comissão Executiva:
Presidente – Gilberto Correia Neves
Secretario – Osvaldo Inácio dos Santos
Tesoureiro – Milton Lopes de Oliveira
Chefia:
Chefe de Grupo: San Miguel Palleres
Akelá: Maria Cristina Palleres
Baloo: Hilda Alves de Souza
Chefe de Tropa: Alex Bowkunovicz
Assistente de Chefe Tropa: Alonso Dias
No final de 1966 podemos dizer que o Grupo Escoteiro Caoquira tinha triplicado tanto em tamanho, pois o número de matilhas já eram três: Vermelha, Amarela e Marrom, e o número de Patrulhas também três: Raposa, Lobo e Touro, como tenho a certeza de problemas, pois houve uma tentativa de fechar o grupo por falta de estrutura, foi quando em 1967, as vésperas de participarmos do Grande Acampamento Demonstrativo no Parque do Ibirapuera o Sr. Gilberto Correia Neves passa a ser o Chefe de Grupo cargo que ocupou por mais de dez anos. Neste Acampamento do Parque do Ibirapuera, há de se destacar uma enorme ponte montada pelos pioneiros do G.E. HONWANJI, Foi durante este acampamento que o G.E. Caoquira mudou a cor de seu lenço acompanhando a mudança de cores das Indústrias Villares para amarelo e preto, e após um pacto firmado por todos membros do Grupo de nunca trocar o novo lenço, (pacto que durou por muitos anos ou até décadas) saímos trocando o lenço antigo azul e amarelo. Ao final desta grande atividade foi formada a Tropa Sênior, com a Patrulha Caçadores de Esmeraldas, sendo os primeiros Seniores Henrique Pallares (Monitor com quase 18 anos). Gilberto Correia Neves Jr., Roberto Moura, Laudelino Muniz Teixeira e Oswaldo Conegliam, que confeccionou a bandeirola da Patrulha.
A partir de 1968 o Grupo escoteiro caoquira através de seus chefes inicia uma nova era no grupo eu diria que foi uma época de tomada de consciência da importância do escotismo na formação do futuro dos jovens e para o futuro do próprio grupo seguindo fielmente os ensinamentos de B-P que disse “ ensina melhor quem sabe mais”foi quando nossos chefes se propuseram a se adestrarem e em 1968 a Sra. Terezinha Fabril Bico nossa Assistente de alcatéia de 1968 a 1971 e Akela de 1972 a 1973 foi a 1ª escotista de São Bernardo a Receber a Insígnia da Madeira do Ramo de Lobinho seguida pelo nosso Chefe de Grupo Sr. Gilberto Correia Neves que no mesmo ano conquistou sua insígnia da Madeira do Ramo de Escoteiro conquistas que não pararam por ai no fim da década de 70 éramos 7 IMs sendo 6 em atividade
Apesar da aparente tranqüilidade como todo grupo no inicio tem dificuldades e principalmente de chefia foi então que em 1969 os seniores então com quase 18 anos tiveram que assumir a chefia principalmente na tropa escoteira, foi quando Gilberto Correia Neves Jr e Roberto Moura assumiram a tropa escoteira como chefe de tropa e assistente respectivamente, Henrique Palleres se tornou o 1º chefe de tropa sênior de dois seniores Celso Correia Neves e Renato Moura e mais tarde Antony Gordon Binns, e Laudelino Muniz Teixeira se tornou Baloo.
Em 1973 o Grupo já com duas alcatéias se viu obrigado a criar a 2º tropa escoteira que teve como primeiros escoteiros Anderson Alves Machado, Airton César Galo e outros e como chefe de tropa Celso Correia Neves, o mais importante desta tropa é que ela deixou duas grandes marcas no Grupo a 1ª são as aves como patrulhas pois as duas primeiras foram as patrulhas Águia e Falcão a 2º marca é a atual bandeira do Grupo que foi criada pelo pai e depois chefe de grupo Getulio César Galo para ser a bandeira da tropa II.
Ainda em 1973, como não havia co-educação no Movimento Escoteiro e o grupo sentiu a necessidade de atividade para as irmãs dos escoteiros que na época era um numero significativo, foi reaberto o Distrito de Bandeirantes de São Bernardo do Campo, que teve como base as irmãs e as mães dos escoteiros do Grupo sendo a 1ª coordenadora Distrital a Dra Ida Paturalski e como coordenadoras dos ramos, Beth Vazzola, Conceição V. Neves, Ana......???? e Aparecida Bueno Nicrossini e outras.
Em 1980 por iniciativa dos seniores Carlo Luige Nicrissini, Anderson Alves Machado, Elieser Becker de Melo, foi fundado o Clã Misto de Pioneiros Jacques Yves Cousteau.
Até 1989, o grupo não havia ainda iniciado o, processo de co-educação. Por iniciativa da então Akelá Marilu Blanco e do chefe Edivaldo Elias Rotandaro, iniciou-se uma discussão a respeito. O chefe de grupo argumentava que o grupo não tinha estrutura física para abrigar as meninas. O maior obstáculo foi superado com o inicio da construção da nova sede. Assim, em 1989 a alcatéia do G.E. Caoquira recebia as primeiras lobinhas entre outras Leda Cazzollato Morgonni, que foi mais tarde a primeira lobinha Cruzeiro do Sul do Grupo. Em 1989, é aberta a Tropa Escoteira Feminina sob a coordenação da chefe Patricia Capassi e tendo como primeiras escoteiras, entre outras Bárbara Servigna de Oliveira, Fabiana Blanco Bafim, Gláucia ....Patrícia de Oliveira Lima e Tatiana Faria Palumbo formando a Patrulha Gemini. E logo em seguida, em 1991, a Tropa Guia é formada tendo como chefe Glória Fumiê Pedrosa Negami Stort e a primeira Guia: Débora Duarte de Almeida. Assim, finalmente o Grupo Escoteiro Caoquira apresenta-se com todas as seções funcionando, aos 26 anos de "idade".
Os Primeiros
Lobinhos: Rubens Moura / Horacio H. Palleres / Milton Lopes de Oliveira Filho
Cruzeiro do Sul: ?
Escoteiro: Antonio Alves de Souza ( o 1ª a fazer promessa no Grupo)
Lis de Ouro: César Augusto de Carvalho
Sênior: Roberto Moura / Laudelino Muniz Teixeira / Gilberto C. Neves Jr.
Escoteiro da Pátria: Luiz Fernando Sparvoli
Pioneiro: Carlo L. Nicrosini / Anderson A. Machado / Elieser Becker de Melo
Insígnia de B-P:
As Primeiras
Lobinha : Leda Gazzolato Morgonni
Cruzeiro do Sul: Leda Gazzolato Morgonni
Escoteiras : Bárbara Servigna de Oliveira / Fabiana Blanco Bafim / Gláucia ... / Patrícia de Oliveira Lima / Tatiana Faria Palumbo
Lis de Ouro: Tais Gozalbo Scatena
Guia: Débora Duarte de Almeida
Escoteira da Pátria: Adriana Fonseca Amador
Pioneira: Eugenia Orsoff / Marcia ... / Silvana Engerland / Silvia Engerland
Insígnia de B-P: Daniela Rodrigues de Carvalho.
Caoquira: 30anos de lendas... chegam ao fim.
Por: Mathias Prado Sluppek (Baloo)
Quando o chefe Alex Bowkunovicz propôs o nome Caoquira para o grupo foi logo aceito esquecendo-se de perguntar qual a origem do nome. Afinal no meio de todo o excitamento provocado pela fundação de Grupo, ninguém teve a curiosidade de perguntar ao Alex o significado do nome, se é que ele sabia. Passaram-se os anos e começou-se a atribuir o nome de Caoquira a um suposto pajé da tribo de índios guaianazes. Por outro lado o Sr. Gilberto C. Neves (que chegou a pesquisar o assunto) alertava que o nosso querido Húngaro Alex poderia ter invertido por distração ou ate por razões estéticas as letras “a” e “o” do nome Coaquira que teria sido um guerreiro indígena do litoral. E outros ainda defendem que o nome correto do índio seria Caguira. Sem apresentar nenhuma definição para o vocábulo. Porem nenhuma das três hipóteses possuía base docundamental para se embasar. Isto ate hoje. Em recente viagem a Ubatuba encontrei o livro que poe de uma vez por toda uma pá de cal na lenda do pajé Caoquira. No singelo porem brilhante livro de Lita Chastan encontra-se na pág. 22 a seguinte definição.
“Caoquira – cua + quyra homem forte comedor guá (Guarani) é abrandamento de cuá e variante de guara (o que costuma ser ou esta, individuo, habitante, natural). quyrá quira (Guarani), gordo gordura.
Cacique Tamoio, citado por José de Anchieta em sua carta COUARA-AÇU Grande comedor de caça”.
Ainda na pg. 26 do mesmo encontramos outra referencia ao Cacique Caoquira.
“No dia seguinte vieram os caciques de dois aldeamentos a tratar com estes embaixadores, mandaram a São Vicente dois mancebos como reféns e levaram Nóbrega e Anchieta para a terra a um lugar chamado Iperoig onde Caoquira, Velho cacique os recebeu por hospedes (R. Galanti)”.
Tal episodio ficou conhecido como “PAZ DE IPEROIG” 14/09/1563.
Em resumo sem achismo sem troca de letra, se era um pajé ou não, caguira ou coaquira, a verdade é que o Notável Cacique Caoquira era o chefe do Conselho Superior da Confederação dos Tamoios, este Conselho era formado por todos os chefes de cada uma das mais de 100 tribos que formava a grande nação dos Índios Tamoios.
O Cofre
Por: Mathias Prado Sluppek (Baloo)
Perdi a conta do numero de vezes que se ameaçou jogar fora este cofre, que por muito tempo esteve no salão do grupo. Ainda mais durante quase dois anos que ninguém conseguia abri-lo. Inicialmente o cofre fora utilizado pelas Industrias Villares era utilizado para guardar documentos. Quando a Villares aposentou-o, o cofre foi parar no Caoquira. No Caoquira ele passou por altos e baixos. Foi utilizado para guardar as mensalidades, foi fiel depositário dos lenços do grupos, e por fim ate para deposito da loja escoteira. Foi transportado dezena de vezes para cima e para baixo, ate quiseram enterrá-lo no palco. Esta idéia foi rechaçada de imediato, afinal o cofre já fazia parte da historia do Grupo, mesmo fechado, talvez ate por isso mesmo ele continuava a mexer com a imaginação de todos. Quem quer que tenha passado pelo Grupo tentou ao menos uma vez abri-lo. Por isso ficou decidido que o cofre iria permanecer em algum lugar de destaque. Algum dia alguém haveria de abri-lo. Era dia 15/12/1994 quando na sede se encontravam Gilberto Correia Neves Jr., Roberto Antonio de Paula, Everton de Paula e (eu) Mathias Prado Sluppek o Everton escoteiro com 12 anos de idade abriu o cofre, após ter girado para a esquerda a maçaneta do cofre (passo este que vários já haviam conseguido) executou a mais simples das etapas puxou a porta do cofre e este se abriu. Agora já esta sacramentada a permanência do cofre no Grupo, só faltando determinar qual a melhor função para o cofre.
Este relato foi escrito no boletim informativo do Grupo Escoteiro Caoquira/158 numero zero de março de 1995 por ocasião do nosso aniversario de 30 anos, e hoje janeiro de 2003 se passaram quase 8 anos e muita coisa aconteceu inclusive com o cofre que me parece teve um fim não muito digno, para uma peça que fez parte da vida e da historia de muitas pessoas que por aqui passaram, para encerrar se alguém tiver mais algum fato novo sobre o cofre nos envie, mesmo que seja como foi o fim da historia do COFRE.