Jhgovier (discussão | contribs)
Sem resumo de edição
 
(Sem diferença)

Edição atual tal como às 19h00min de 14 de junho de 2010

Em 10 de Abril de 1892 nasceu em Mecejana, no Ceará, o menino Benjamim de Almeida Sodré, filho de Lauro Sodré e que mais tarde se tornaria um personagem muito importante na História do Escotismo brasileiro. Curiosamente, Benjamim Sodré, que mais tarde seria conhecido pelos Escoteiros como “O Velho Lobo”, teve em sua vida muitas passagens e características semelhantes a Baden-Powell.

Ainda criança mudou-se para o Rio de Janeiro e depois de terminar seus estudos secundários prestou concurso para admissão na Escola Naval sendo aprovado em primeiro lugar. Fez brilhante carreira na Marinha Brasileira, sobrevivendo ao naufrágio do rebocador Guarani, em 1913 e chefiando a Comissão Naval Brasileira durante a II Guerra Mundial. Tornou-se Almirante em 1954.

O Velho Lobo, assim como o fundador Baden-Powell tinha uma série de Talentos e Interesses diferentes. Foi professor de Astronomia, Navegação e História da Escola Naval, publicou diversos trabalhos, foi Maçom e sobretudo um excelente jogador de futebol, ponta esquerda do Time do América, do Botafogo e da Seleção Brasileira entre 1910 e 1916, conhecido como “Mimi Sodré”.

Desde que entrou em contato com o Movimento Escoteiro tornou-se um grande seguidor dos ideais de B-P, participando da fundação e organização dos Escoteiros do Mar, o primeiro Grupo Escoteiro de Belém, a Federação de Escoteiros paranaenses, entre outros. Escreveu o “Guia do Escoteiro” de 1925, uma das mais importantes obras do Escotismo Brasileiro.

Os Escoteiros do Brasil nesse período eram divididos em diversas Federações e não constituíam uma unidade central, desta forma, O Velho Lobo teve papel fundamental na idealização e criação da União dos Escoteiros do Brasil, a UEB, reunindo as quatro primeiras federações (a Federação de Escoteiros Católicos do Brasil, Federação Brasileira de Escoteiros do Mar, Federação dos Escoteiros do Brasil e Federação Fluminense de Escoteiros).

Foi honrado com uma série de títulos, entre eles o de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro e outros Estados e medalhas de mérito, presidindo a ordem do tapir de Prata, a mais alta condecoração do Escotismo Brasileiro.

Faleceu em 1 de fevereiro de 1982, pouco mais de dois meses antes de completar 90 anos. Atualmente vários Grupos Escoteiros, ruas e espaços municipais levam o nome de Almirante Benjamim Sodré, em sua homenagem.