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Abaixo seguem alguns trechos publicados no Diário Oficial do Município de São Paulo, número 35, págs. 36 e 37, de 19 de fevereiro de 1998, em ocasião da primeira sessão solene do ano, realizada na Câmara Municipal de São Paulo em 06 de fevereiro de 1998, destinada à entrega da Medalha Anchieta e Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo | Abaixo seguem alguns trechos publicados no Diário Oficial do Município de São Paulo, número 35, págs. 36 e 37, de 19 de fevereiro de 1998, em ocasião da primeira sessão solene do ano, realizada na Câmara Municipal de São Paulo em 06 de fevereiro de 1998, destinada à entrega da Medalha Anchieta e Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo | ||
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[[História da UEB]] |
Edição das 20h41min de 25 de junho de 2006
KAOL SUGIMOTO (1918-1998)
Kaol Sugimoto 1918 - 1998 Abaixo seguem alguns trechos publicados no Diário Oficial do Município de São Paulo, número 35, págs. 36 e 37, de 19 de fevereiro de 1998, em ocasião da primeira sessão solene do ano, realizada na Câmara Municipal de São Paulo em 06 de fevereiro de 1998, destinada à entrega da Medalha Anchieta e Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo
"Kaol Sugimoto, formou-se Engenheiro Industrial em 1946, pela tradicional Universidade Mackenzie, e, com o falecimento de seu pai, passou a dirigir a Fábrica de Móveis Tietê. Entretanto, o que o distingue é a sua notável contribuição ao escotismo brasileiro, desde os idos de 1932, época em que foi um dos fundadores e monitor-instrutor da Tribo Escoteira Bororós, hoje chamado G.E. Bororós, no bairro da Bela Vista.
Mais tarde, em 1967, quando a Cooperativa Agrícola de Cotia patrocinou a criação do Grupo Escoteiro Coopercotia, ocasião em que seu filho José Roberto ingressou nesse grupo, o Sr. Kaol Sugimoto se apresentou como voluntário, inscrevendo-se no primeiro curso de Chefia de Escoteiro, mas já com uma folha de realizações e experiências da Tribo Bororós. Participante ativo do movimento escoteiro, ocupou inúmeros cargos, tanto em âmbito local como estadual e nacional. Apesar de sua reconhecida humildade, foi agraciado com inúmeras medalhas e diplomas por sua participação na vida comunitária e no escotismo.
O Sr. Kaol Sugimoto, após aposentar-se como profissional de engenharia, continua em plena atividade, dividindo seu tempo entre o Grupo Escoteiro Falcão Peregrino, a União dos Escoteiros do Brasil, trabalhos de entalhamento em madeira, viagens e seus netos.
Sua larga experiência em escotismo e sua participação ativa nos fatos mais importantes da vida do movimento nos últimos 30 anos, fazem-no muito procurado, tanto por interessados em orientações técnicas, pesquisadores de fatos históricos, como principalmente por dirigentes escoteiros que buscam aconselhamento e apoio (...)".
Sr. Aurélio Nomura Vereador Municipal de S.Paulo
"A Câmara Municipal de São Paulo, pela unanimidade de seus membros, houve por bem aprovar a propositura que tive a honra de apresentar, por solicitação da UEB, SPDE (Sociedade Paulista para o Desenvolvimento do Escotismo), Grupo Escoteiro Falcão Peregrino e demais autoridades, concedendo ao Eng. Kaol Sugimoto a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo, como a máxima distinção que poderia ser deferida ao cidadão que, por sua vida profissional, sua atuação social, mas principalmente como um dos pioneiros do movimento escoteiro entre nós, soube divulgar, incentivar e tornar-se o modelo do discípulo e seguidor dos ensinamentos de Baden-Powell, em prol da formação cívica, moral e social dos jovens, os quais, uma vez escoteiro, ao longo de suas vidas sempre atuarão como membros da sociedade escoteira, na meta de cumprir a sua boa ação na valorização da cidadania (...)".
Sr. Aurélio Nomura Vereador Municipal de S.Paulo
"Nos idos de 1922 a 1924, eu morava na Rua Barão de Itapetininga, ao lado do que hoje é o prédio Guatapará. Devido à minha condição social - meus pais eram comerciantes - eu me trajava de acordo com as nossas posses. Mas, morando na Barão de Itapetininga, não tinha amigos, nem meninos na rua. Os únicos que eu conhecia eram da Rua Dom José de Barros, 7 de Abril e Bráulio Gomes; eram pessoas humildes, tanto na sua condição quanto no seu trajar. Por isso, para que eu pudesse me integrar como menino às outras crianças, tinha de me colocar à altura deles.
Então, costumava tirar meus sapatos e meiaas e os deixava numa padaria que havia na esquina da Rua Dom José de Barros, em frente de onde hoje é a companhia telefônica - Telesp. e naquele tempo era a Delegacia Central de São Paulo. Pois bem, esse menino brincou muitas vezes no chão onde hoje se encontra esse edifíco. Deixando os meus sapatos e meias em um certo lugar, integrava-me ao grupo de meninos que eram chamados de moleques - foi onde aprendi a viver.
Como cidadão paulistano, vivi o chão desta cidade; vi o Viaduto do Chá em aço; vi o prédio onde é a Light ser reformado - naquela época era o Teatro São José; andei tropeçando nos joelhos e pernas dos artistas do Movimento de 22, o movimento de arte moderna que se iniciava neste país. Desta forma justifiquei o meu início como cidadão paulistano (...)".
Ch. Kaol Sugimoto