A Associação de Escuteiros de Angola (AEA) foi fundada em 1994 e é membro da Organização Mundial do Movimento Escoteiro (OMME) desde 1999. Em 2004 os censos apontavam para a existência de 13 753 escoteiros filiados à associação espalhados por 54 agrupamentos, dividindo-se estes por sete regiões: Luanda, Benguela, Cuanza Sul, Huíla, Huambo, Cabinda e Namibe e Bie.

A história do Escotismo em território angolano começa nos anos em que este era uma colónia portuguesa e funcionava paralelamente com o Corpo Nacional de Escutas. Quando Angola alcança a independência, em 1975, o país adota a corrente política marxista. O escutismo é banido pelo governo. Em substituição adota-se a Organização de Pioneiros de Agostinho Neto (OPA).

Em 1991 recomeça oficialmente o movimento e em 1994 as duas associações existentes no país, a Associação de Escuteiros Católicos de Angola e a Associação Nacional de Escuteiros, juntam-se e formam a A.E.A..

Localização da Angola
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Cronologia histórica

  • 22 de Fevereiro de 1991 – Fundação da Associação Nacional de Escuteiros – A.N.E.
  • Junho de 1991 – Primeiras Promessas de Escuteiros Angolanos e constituição formal dos primeiros Agrupamentos;
  • 5 de Outubro de 1992 – Reconhecimento da A.N.E. pelo Ministério da Juventude e Desportos de Angola
  • 1993 – Constituição da Região de Benguela
  • 4 de Dezembro de 1994 – Constituição da Associação de Escuteiros de Angola A.E.A.
  • 5 de Agosto de 1996 – Certidão lavrada pelo Ministério da Justiça
  • 3 a 5 de Dezembro de 1999 – 1º Conselho Nacional Plenário da A.E.A.
  • 1 a 3 de Maio de 2004 – 31ª Conferência Zonal de Escutismo – África Austral

Escotismo na Angola

A história do Escutismo em Angola remonta a 1924, ano em que a Associação dos Escoteiros de Portugal (AEP) instalou o seu primeiro grupo em Angola. Seguiu-se depois em 1932 a criação do primeiro grupo do Corpo Nacional de Escutas, Escuteiros Católicos de Portugal (CNE).

Com o fim da colonização portuguesa, cujo culminar foi a proclamação da independência a 11 de Novembro de 1975, o escutismo parou em Angola. Como não podia deixar de ser, grande parte dos Escuteiros se entregou aos ideiais da revolução, sobretudo antigos Caminheiros e jovens Dirigentes. Porém, o ideal da sua promessa, as lembranças dos conselhos e brincadeiras a volta da fogueira continuaram a acompanhar a vida de quase todos eles, e cada vez que se encontravam, falavam do escutismo. Assim, por iniciativa dos Drs. Alfredo Júnior e Rui Pinto de Andrade, então Vice-ministro da Juventude e Chefe do Departamento de Recreacção do Ministério da Juventude respectivamente, a 15 de Agosto de 1990, realizou-se um encontro na Direcção Nacional de Cultura Física e Recreação do Ministério da Juventude e Desportos, presidido pelo Sr. Nelo Victor, então Director Nacional da Juventude, e nele participaram em resposta a uma convocatória pública, os antigos escuteiros seguintes:

  • Rui Luís Falcão Pinto de Andrade
  • Pe. Agostinho
  • Alfredo Romero Fernandes
  • Susana Nicolau Inglês
  • António Francisco Miguel da Fonseca
  • Isidro Alves
  • Flor de Lis Angola
    Manuel Ramos Pedro
  • José Jacinto e ainda,
  • Sr. Pedro de Almeida, funcionário daquela Direcção.

A primeira fase do Projecto, teve a aderência de cerca de 35 antigos Escuteiros. Imediatamente iniciaram os Seminários nas instalações da Paróquia de Fátima, à medida que se consolidava o entrosamento dos participantes, os seus filhos, sobrinhos, irmãos, vizinhos e outros, eram mobilizados para fazerem parte do embrião Escutista da Angola nova.

Os trabalhos de formação dos jovens aspirantes, tiveram o seu inicio entre os meses de Setembro e Outubro de 1990. Por essa altura, estava em fase de acabamento o Projecto de Estatuto, a Comissão Instaladora marca a Assembleia Constituinte para Fevereiro de 1991.

Nos dias 20, 21 e 22 de Fevereiro de 1991, realizou-se na Casa do Desportista em Luanda, a Assembleia Constituinte, estando presentes 39 antigos Escuteiros bem como outros 2 novos aspirantes que proclamaram a ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ESCUTEIROS, ANE elegeram o seu executivo (Junta Centra), e o Conselho Fiscal e Jurisdicional.

A Associação proclamada define-se como não-governamental, apartidária e ecuménica, subordinando toda sua acção aos seus Estatuto e Regulamento Geral. Estiveram presentes no acto de abertura da Assembeia Constituinte S. Excelências Dr. Marcolino Moco, o Sr. Sardinha de Castro, Ministro e Vice Ministro da Juventude e Desportos, respectivamente, e outros quadros superiores do Ministério como convidados de honra, tendo proferido o discurso de abertura, o Sr. Vice Ministro.

São Membros Fundadores da ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ESCUTEIROS os Dirigentes seguintes:

A 16 de Junho de 1991, data em que por feliz coincidência se proclama o dia da criança africana, realizaram-se as Promessas dos primeiros Dirigentes e Escuteiros, no quintal do Seminário dos Capuchinhos, Paróquia de Fátima, Dos três Agrupamentos iniciais, o Movimento rapidamente se estendeu a quase toda a extensão de Luanda. Estávamos ainda no limiar dos primeiros passos, logo uma crise se instalou na Associação entre os meses de Outubro e Novembro de 1991 e em princípios de 1992, um grupo de Dirigentes abandonou a Associação, levando consigo uma parte de jovens e, criaram a Associação de Escuteiros Católicos de Angola – AECA.

A 5 de Outubro de 1992, no Livro n.º 1 de Registo das Organizações/Associações Juvenis e Estudantis do Ministério da Juventude e Desportos, a folha n.º 15, é registada sob o n.º 15, a Associação Nacional deEscuteiros – ANE.

Em 1993, o Fundo das Nações Unidas para a infância, UNICEF, conhecendo as experiências do Escuteiros no trabalho com crianças e jovens em situação particularmente difíceis, solicitou ao Escritório Regional Africano deEscutismo o seu apoio para um projecto com as crianças de rua em Angola, veio a Angola para contactos com a ANE, o Sr. Abdulaye Sène, Director Regional Adjunto do Bureau Africano. Não obstante, o Chefe Nacional da ANE, anfitrião, colocou também o ilustre visitante em contacto com D. Óscar Braga, para uma troca de impressões sobre o desenvolvimento do Escutismo no País.

Da análise, concluiu-se que era imperioso a existência de uma só organização nacional escutista, imperativo da OMME – Organização Mundial do Movimento Escuta, para o reconhecimento. Foi neste quadro que se começou a desenhar o nascimento da AEA. Assim as Direcções da ANE e da AECA, multiplicaram esforços neste sentido, que culminou com a realização da Assembleia Constituinte no Seminário Maior de Luanda, sob presidência de D. Óscar Lino Braga, então Bispo de Benguela e responsável peloEscutismo ao nível da CEAST.

A Assembleia discutiu e aprovou um novo Estatuto, elegeu os corpos sociais e, proclamou a ASSOCIAÇÃO DE ESCUTEIROS DE ANGOLA – AEA, no dia 3 de Dezembro de 1994, mantendo esta, o carácter não-governamental, apartidária e ecuménica, subordinando toda sua acção ao seu Estatuto e Regulamento Geral.

LEIS ESCOTEIRAS = 10 MANDAMENTOS DO ESCUTA E OS PRINCÍPIOS

As Leis do Escutismo, também conhecidas como os "Dez Mandamentos do Escoteiro", são um conjunto de princípios éticos que orientam o comportamento dos escoteiros. As Leis do Escutismo variam ligeiramente de acordo com o país e a organização escutista, A mas geralmente incluem:

1. Honra do escuta inspira confiança;

2. O Escuta é leal;

3. O Escuta é útil e pratica diariamente uma boa acção;

4. O Escuta é amigo de todos e irmão de todos os outros Escutas;

5. O Escuta é delicado e respeitador;

6. O Escuta protege as plantas e os animais;

7. O Escuta é obediente ;

8. O Escuta tem sempre uma boa disposição de espírito;

9. O Escuta é sóbrio, económico e respeitador dos bens alheio

10. O Escuta é puro nos pensamentos, nas palavras e nas ações.

Princípios do Escotismo

  1. O escuta orgulha-se pela sua fé e por ela orienta toda sua vida.
  2. O escuta é filho de Angola e bom cidadão.
  3. O dever do escuta começa em casa.

Links Externos

Referencias